12 September 2006

Parte II – DA NOMENCLATURA OFICIAL DE MOVIMENTOS – Art. 11 a 13

Gostaria de poder criticar, no bom sentido, mas não tenho ferramentas teóricas suficientes para isso. Sabemos que a FICA um dia irá disponibilizar vídeo com demonstrações da nomenclatura oficial. Daí poderemos partir para descrição dos movimentos. Quando isso ocorrer teremos mais segurança para atuar de maneira padronizada, como requer a ordenação desportiva.

Fiquei surpreso em saber que a data escolhida para fixar o legado de Coelho Neto tenha sido 1928, pois este é também e o ano da nomenclatura Zuma. Ou será que houve algum engano naquela data?

A tabela relativa a movimentos da Capoeira Angola também me surpreendeu. Mesmo porque, afora as chamadas, todos os outros podem ser utilizados tanto nas voltas de Angola como nas de Regional, variando-se apenas a velocidade e expressão corporal do jogador.

Ocorre que, hoje em dia, após décadas de influencia mútua, aqueles dois “estilos” quase não são distinguíveis pela forma dos movimentos, mas apenas pela cadência de jogo formação da bateria e expressividade dos jogadores. Sei que tem um segredinho na ginga, até já descobri ele e estou passando para meus alunos. Ah, mas o que isto tem a ver com a nomenclatura? Tem a ver com o fato de que, grosso modo, afora as chamadas e passo a dois, todo o resto, a meu ver, caberia em lista única. Esta lista seria a nomenclatura oficial da Capoeira Desportiva.

O vídeo a seguir é uma tentativa de ilustrar alguns movimentos da Nomenclatura Oficial da Capoeira Desportiva, a saber, cocorinha, negativa, rolê, aú, esquivas e giro, tecnicamente denominados de Movimentos Básicos, e um movimento que é fundamental, a ginga:



Já este outro vídeo mostra alguns movimentos traumatizantes com os membros inferiores:



Embora eu tenha procurado nomear os movimentos estritamente de acordo com o CDIC, os conceitos de traumatizantes, básicos e fundamental não constam do Código, são utilizados apenas nas minhas aulas e ficam aqui como proposta. Aliás, é de justiça mencionar que esses conceitos conheci no Curso de Desenvolvento Desportivo e Nomenclatura Oficial de Movimentos, ministrado pelo então Diretor Técnico da Confederação Brasileira de Capoeira, Mestre Puma, autor do Livro "O Trivial da Capoeira" onde também se encontrarão tais conhecimentos. Acredito que essas conceituações, além de contribuirem para a padronização técnica, auxiliam na compreensão e aprendizagem da a arte.

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